Há dois anos os alunos da Escola Municipal Ayrton Senna, no bairro do Guajará, em Belém, esperam pelo término da construção do prédio onde será instalado o colégio. Enquanto isso, eles assistem aulas em um espaço pequeno e com pouca ventilação.
Na sala de aula improvisada, o espaço é tão limitado que se um aluno quiser levantar é preciso pedir licença ao colega do lado. É assim, em um espaço pequeno e com pouca ventilação, que cerca de 800 crianças se revezam para ter aula nos três turnos do dia.
O local teria sido alugado pela Prefeitura de Belém em 2011, para receber os alunos provisoriamente, enquanto a nova sede do colégio não estivesse pronta. O problema é que o provisório já dura mais de dois anos. "Todo mês tem reunião com a diretora aqui e ela fica falando que o pessoal vem trabalhar, que o pessoal manda dez sacos de cimento pra eles trabalharem por não sei quantos meses... Não tem condições de trabalhar desse jeito", reclama o pai de um dos alunos, Francisco Elson Martins.
Segundo os pais dos estudantes, as obras de construção do prédio onde as crianças deveriam estar estudando começaram em 2011 e o prazo de conclusão era novembro de 2012. Mas com o atraso do serviço, a data foi adiada para o dia 24 de dezembro deste ano.
Porém, ao que tudo indica, ainda não será em 2013 que a comunidade vai ver a inauguração da escola. Na placa, o investimento informado é de R$ 1.012.110,11. "A falha foi da empresa, que dava várias datas e nada de se cumprir", argumenta o presidente da Comunidade Tocantins, Luís Antônio Pinheiro.
Este ano, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Pará (Sintepp) diz que já recebeu cerca de dez reclamações de atrasos nas obras de escolas estaduais e municipais. "Isso já vem acontecendo há algum tempo, inclusive. A comunidade escolar já cansou de ver escolas com problemas estruturais gravíssimos, e algumas outras que iniciam uma reforma e a reforma simplesmente para, e não dão continuidade", diz o secretário geral do Sintepp, Alberto Andrade.
A Secretaria Municipal de Educação informou que a empresa contratada para concluir as obras da escola não cumpriu os prazos determinados em licitação, e teve o contrato cancelado. Nesta segunda-feira (16), a Semec fará uma vistoria na escola para só então fazer uma nova licitação, mas garantem que até a primeira quinzena de março do ano que vem, o prédio estará pronto.
g1/pa
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