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Um suicida detonou os explosivos que levava junto ao corpo num centro de recrutamento militar em Bagdá nesta quinta-feira (9), matando pelo menos 23 pessoas e deixando 35 feridas.

O ataque acontece no momento em que um grupo internacional de direitos humanos adverte sobre o aparente uso indiscriminado de disparos de morteiros em áreas civis pelas forças de segurança iraquianas em sua campanha para retomar o controle das cidades de Faluja e Ramadi.

Combatentes ligados à Al-Qaeda tomaram partes das duas cidades da província de Anbar na semana passada, assumindo o controle de delegacias de polícia e postos militares, além de libertar prisioneiros e estabelecer seus próprios postos de verificação.

Desde então tropas iraquianas, apoiadas por milicianos sunitas ligados ao governo têm combatido os militantes e realizado ataques aéreos contra suas posições com o objetivo de retomar o controle das cidades.

Líderes tribais de Faluja, que fica a 65 quilômetros a oeste de Bagdá, advertiram combatentes da Al-Qaeda que devem partir para evitar um confronto militar.

O Human Rights Watch (HRW) informou nesta quinta-feira que as forças iraquianas parecem estar fazendo disparos de morteiro de forma indiscriminada em áreas civis nos últimos dias para expulsar os militantes de Anbar. Algumas áreas residenciais estariam sendo alvo de morteiros e disparos, embora não haja sinais da presença da Al-Qaeda nessas áreas.

O grupo, sediado em Nova York, diz que suas afirmações têm como base vários relatos feitos por moradores de Anbar. O HRW diz também que o bloqueio do governo às duas cidades está limitando o acesso à comida e combustível e que "métodos ilegais usados pelos dois lados" têm causado baixas de civis e grandes danos à propriedade.

O homem que realizou o ataque na manhã desta quinta-feira detonou os explosivos do lado de fora do centro de recrutamento localizado no bairro de Allawi, onde voluntários esperavam para se registrar, informou a polícia.

Nenhum grupo havia assumido a responsabilidade pelo atentado, mas ataques suicidas são a marca do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, braço da Al-Qaeda no Iraque.

O ataque desta quinta-feira parece ser uma retaliação pela ofensiva militar e um esforço para dissuadir potenciais novos recrutas de entrar para as fileiras do Exército iraquiano.

Fonte: EstadĂŁo ConteĂşdo

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